Luciana Casarotto participa do programa Conversas Cruzadas para falar sobre feminicídio
O Conversas Cruzadas, programa de GZH, recebeu, na quarta-feira, 10 de dezembro, a promotora de Justiça da Vara de Feminicídios de Porto Alegre e vice-presidente de Núcleos da Associação do Ministério Público do Rio Grande do Sul (AMP/RS), Luciana Cano Casarotto, para debater o atual cenário da violência contra a mulher no Estado. Conduzido pelo jornalista Rodrigo Lopes, o programa também contou com a participação da secretária estadual da Mulher, Fábia Richter, da deputada estadual Luciana Genro e da repórter de GZH Letícia Mendes.
Durante a conversa, Luciana destacou que uma das maiores dificuldades no enfrentamento da violência é que o agressor, muitas vezes, não corresponde a nenhum estereótipo definido. “O abusador pode ser alguém comum, alguém com quem você convive. Por isso, nem sempre é fácil identificar os sinais: não existe uma imagem prévia ou um perfil claro. Pode ser qualquer pessoa, o que torna tudo ainda mais desafiador”, afirmou.
A promotora também apresentou dados que evidenciam a gravidade da situação no Estado. Apenas em 2025, até 10 de dezembro, o Rio Grande do Sul já registra 76 casos de feminicídio, número que supera todo o ano de 2024, quando foram contabilizados 72 casos. Para Luciana, os indicadores revelam um cenário alarmante e reforçam a necessidade de avanços contínuos nas políticas de prevenção e proteção às mulheres. Ela ressaltou, ainda, que a pena mínima para feminicídio é de 20 anos, atualmente a mais elevada prevista no sistema penal brasileiro, o que demonstra a centralidade do tema no debate jurídico e institucional.
A participação da vice-presidente da AMP/RS reforça o compromisso institucional do Ministério Público e da Associação na luta contra o feminicídio, ampliando as discussões e contribuindo para o avanço de políticas de prevenção e proteção às mulheres no Rio Grande do Sul. 