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Feliz aniversário, Porto Alegre!

Porto Alegre completa 246 anos neste 26 de março. Gosto demais de morar na minha cidade natal. De caminhar pelas ruas arborizadas das Três Figueiras, da Boa e da Bela Vista. De passear a pé no Moinhos de Vento, onde ainda há comércio de rua, cafeterias, casas antigas bem preservadas.
23/03/2018 Atualizada em 21/07/2023 11:03:20
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Feliz aniversário, Porto Alegre!



Marta Leiria Leal Pacheco

Procuradora de Justiça do MPRS

*Publicado no espaço de Opinião do Jornal Zero Hora em 23/03/2018




Porto Alegre completa 246 anos neste 26 de março. Gosto demais de morar na minha cidade natal. De caminhar pelas ruas arborizadas das Três Figueiras, da Boa e da Bela Vista. De passear a pé no Moinhos de Vento, onde ainda há comércio de rua, cafeterias, casas antigas bem preservadas.

Mas tenho saudade da Porto Alegre da minha infância e adolescência! De quando morava junto à Praça da Matriz, tão bela e cuidada que era. Ia a pé com minha irmã para o Colégio Estadual Paula Soares, depois para o Pio XII. Tempos em que o ensino básico público era de extrema qualidade. Estudávamos com a filha do mais humilde operário e o filho do governador. Época em que aprendi para sempre o providencial inglês no Cultural da Riachuelo. Em que caminhava despreocupada pela Rua da Praia e comia o indefectível cachorro-quente da Confeitaria Princesa, que dia desses provei e continua inacreditavelmente igual desde quando parti para outros lados, passados mais de 30 anos.

Só estudei longe da praça da 8ª série ao 3º ano, no Anchieta. Voltei a estudar no Centro, Direito na UFRGS, seguindo a tradição paterna. Onde meu filho recém se formou. No mesmo casarão em que meu avô se fez advogado, nos tempos da Faculdade Livre de Direito. Universidade na qual minha mãe se graduou, só que em Filosofia. Onde meus pais foram alunos do inesquecível professor Armando Câmara, último morador do Solar dos Câmara. Lá onde minha grande amiga Andrea gozava do privilégio de conviver com o brilhante tio-avô. Tempos em que não se desdenhava a tradição, achávamos isso bonito. Época em que tudo era perto e tranquilo, muitos pertenciam à classe média. E não havia quase mendigos, moradores de rua, miseráveis.

Hoje caminho pelas ruas de tênis, com uma minibolsa de palha, sem celular e com brincos de madeira para que não reparem em mim. E para voltar para casa do mesmo jeito que parti. Podem me chamar de piegas e ultrapassada, não me importo. Estejas em alta, ou em baixa, faço questão de parafrasear o poeta: eu sei que vou te amar, Porto Alegre, por toda a minha vida eu vou te amar...



*Publicado no espaço de Opinião do Jornal Zero Hora em 23/03/2018
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